segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Alterações na Massa Óssea

Durante toda a vida, o osso passa por um processo de remodelamento, enquanto que,
na juventude, a balança mineral óssea, deposição menos absorção, normalmente é positiva, mas com o envelhecimento, essa passa a apresentar valores negativos 47. Essa regulação é principalmente influenciada pela ação de alguns hormônios como, por exemplo, calcitonina, hormônio paratireóide, hormônio do crescimento e fatores insulínicos associados ao crescimento.Os principais fatores que influenciam o aparecimento de fratura óssea associada ao envelhecimento podem ser observados no organograma a seguir:

 Organograma dos fatores que contribuem para fratura óssea

Gráfico de Representação da Resposta Elástica e Plástica

Resposta Elástica

Quando submetido a uma carga, o osso deforma-se na busca de absorção de impacto e energia. Essa deformação atinge cerca de 3% do comprimento.

Resposta Plástica

Após o ponto de deformação, ocorrem micro-rupturas no tecido e o osso experimenta uma fase plástica. Com isso, ao remover-se a carga, o osso não retorna mais a sua forma original.
Gráfico representando resposta elástica e plástica

Excesso de treino pode sobregarrecar e causar fratura por estresse

A maior parte das fraturas por stress em corredores ocorre na tíbia, osso da canela. Segundo algumas pesquisas, as fraturas nesse local representam de 35% a 49%de todas as fraturas por stress. O desenvolvimento da fratura por stress na tíbia está ligado ao acúmulo de forças mecânicas transmitidas para o osso, excedendo sua capacidade reparação e modelação com o passar do tempo. Existem alguns fatores relacionados ao seu surgimento, embora sua exata causa ainda esteja envolta em dúvidas. Entre eles, incluem -se o volume de treinamento exagerado, condições intrínsecas como regulação hormonal e nível nutricional, e fatores biomecânicos como alto impacto. Pessoas com fatura por stress exibem um amortecimento de impacto na corrida deficiente em comparação as pessoas sem lesão. A força com que o corpo aterrissa no chão é maior, e o joelho, que deveria funcionar como uma mola para suavizar o impacto, fica mais rígido. Além disso, um alto grau de pronação do tornozelo também é observado em pessoas que apresentam essa fratura. Pesquisadores japoneses acompanharam 230 corredores por três anos, no intuito de descobrir com mais detalhes sobre o que causa a fratura por stress. Eles mediram altura, peso índice de massa corpórea, amplitude de movimento do tornozelo e do quadril, flexibilidade dos músculos da perna, alinhamento do joelho, arco do pé ( se plano ou normal), força do quadril e condicionamento físico. No início da pesquisa nenhum corredor apresentava lesão. Ao final dos três anos, 21 tiveram fratura por stress e a única diferença entre esses corredores e os que continuaram sem problemas foi a flexibilidade dos músculos da perna. Os que tiveram fratura apresentavam maior rigidez, o que pode interferir no mecanismo da absorção de impacto e gerar sobrecarga na tíbia. O tratamento não é cirúrgico e envolve um período de repouso estabelecido pelo médico. No retorno à corrida, é importante atentar-se ao impacto do corpo com o solo. Procure correr fazendo o mínimo barulho possível, mantenha o tronco estável e alto e deixe as pernas relaxadas.  

  • Visão da acadêmica: Acredito que qualquer excesso de treino que traga sobrecargas para osso venha apresentar lesão para o praticante, tanto na corrida, como na musculação ou qualquer esporte que acumule forças mecânicas para o osso. A carga excessiva nos aparelhos de musculação e treinamento de atletas corredores que em excesso para alcançar suas metas sem seguir orientações de seus educadores, acarretam lesões, alguns por falta de conhecimento como o público comum das academias e demais espaços esportivos na sua grande maioria, e outros por buscarem suas metas que seriam a longo prazo em um curto período.

  • Artigo referente ao assunto para pesquisa: